segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Entrevista com Camilo Bevilacqua

Camilo Bevilacqua estréia 'Recordar é Viver', no Rio

Camilo Bevilacqua, ator gaúcho, morador da zona sul, fala de seu novo trabalho no teatro, “Recordar é Viver”, que está em cartaz no Teatro do CCBB com Sérgio Brito e Suely Franco. Na televisão já atuou em diversas novelas e minisséries da Rede Globo, como A Casa das Sete Mulheres, Belíssima, JK, Páginas da Vida, e Cobras & Lagartos, e seu último trabalho foi em Chamas da Vida na Rede Record. Já atuou em 26 filmes e em mais de 45 peças teatrais.
Seu interesse iniciou-se quando era coroinha em Gaurama-RS, sua cidade natal, depois entrou no seminário aos 11 anos para ser padre onde permaneceu durante 4 anos. Lá foi solo do coral, e dublava slides sobre a vida de Jesus, onde surgiu a vontade de falar em público e ser comunicador. Aos 18 anos foi estudar em Porto Alegre, começou a fazer curso de teatro convidado por um primo e começou a fazer arquitetura. Sua primeira peça foi "Pique Nique no Front” em 68 onde era o protagonista.  Sofreu com a ditadura, quando juntou-se com amigos onde formaram um grupo de teatro e montaram a peça “Não saia da faixa de segurança”, e no dia da estréia entrou um batalhão da polícia militar no teatro lotado, com metralhadora e censuraram a peça. Para não ser perseguido entrou na Escola de Teatro de Porto Alegre.
Em 75 fez uma temporada de sucesso com o espetáculo “Mockinpot"  de Peter Weiss, onde foi escolhido para fazer o protagonista e  viajaram o Brasil todo, a peça era um sucesso, até que chegaram no Rio onde ficaram 15 dias, e depois voltaram para o Teatro João Caetano, e depois novamente ficaram durante 5 meses. Quando o grupo foi embora decidiu ficar, pois já tinha recebido convites para outros trabalhos no teatro e inclusive para a televisão.
Durante sua carreira de 42 anos de teatro recebeu diversos prêmios, como Best Supporting Actorn e Prêmio Ibeu de Teatro.
Comentou que prefere fazer teatro, onde necessita de uma pesquisa aprofundada antes de um trabalho, diferentemente da televisão onde é mais decorar um texto. Porem comenta a difilcudade do ator de viver apenas de teatro, e da necessidade de fazer outros trabalhos.
Já dirigiu “A Missão” do Grupo Fodidos Privilegiados e “La” com David Pinheiro.
Camilo estará na nova minissérie da Record “Sansão e Dalila” com direção de João Camargo e Regis Faria, onde novamente interepretará um papel de vilão.
Conhece Sergio Brito desde que chegou ao Rio. E “Recordar é Viver” é quarta peça que faz com Sérgio Brito, dentre outro trabalhos na televisão.
Acredita que é bom recordar, porém não se vive do passado, diz que para ele o certo seria “recordar e viver”. E comenta também da identificação de todos com a peça, pois trata de assuntos do cotidiano e de problemas enfrentados pela maioria das famílias, provocando assim uma catarse no público.



A peça Recordar é Viver marca a estréia do jornalista e historiador Hélio Sussekind como dramaturgo. A trama traz à cena uma família encabeçada pelo casal Ana e Alberto, interpretados por Suely Franco e Sergio Britto.
O espetáculo conta a história do filho caçula do casal, o frustrado dramaturgo Henrique, personagem de José Roberto Jardim. O rapaz já tem mais de 30 anos, vive na casa dos pais e ainda é sustentado por eles.
A história prossegue a partir das diferentes reações, e manifestações, causadas nos outros personagens da peça: os dos irmãos mais velhos, João e Paula (Camilo Bevilacqua e Ana Jansen) e Bruna (Isabel Cavalcanti), namorada do rapaz.

Ficha Técnica:
Texto: Hélio Sussekind
Direção: Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco: Suely Franco, Sergio Britto, José Roberto Jardim, Camilo Bevilacqua, Ana Jansen, Isabel Cavalcanti

Ficou até o dia 12 de setembro no CCBB, e agora retorna a temporada para o SESI, de 08 até 31 de outubro

Dias e Horários: De quinta a domingo às 19h30
Em Exibição: SESI
Endereço: Av.Graça Aranha - n°1, Centro
Tel.: (21) 2563-4168
Bilheteria: 2563-4163


Nenhum comentário:

Postar um comentário