quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Entrevista com André Teixeira

Kalísley entrevista André Teixeira, ator, diretor e humorista cearense. Com o espetáculo "Franquia de Comédia" foi eleito pelo circuito carioca de humor, como o melhor show solo de humor de 2010 do rio de janeiro. Já participou em mais de 100 montagens teatrais, e fez participações em séries, minisséries, e novelas da rede globo e da Record. Em 2010 também foi o 1° humorista a se apresentar em Barcelona/Espanha com um show de stand-up comedy.



Quando você conheceu a comédia stand up?
André:conheci a comédia stand up assistindo filmes de comédia americano.em alguns filmes existia cenas de stand up comedy inseridas. Eu sempre achei o máximo você subir no palco sozinho, pegar um microfone e começar a arrancar gargalhadas do público.
  
Como você cria seus personagens?
André:na maioria das vezes nós acabamos, meio sem querer,colocando uma coisa ou outra de pessoas do nosso convívio. Mas eu sempre procuro dar um diferencial de qualquer trejeito comum ou normal que qualquer pessoa possa ter. Isso ajuda a prender a atenção do público na personagem.

É  difícil inventar situações novas sempre?
André:eu não diria difícil,mas sim trabalhoso.pois você tem que está sempre muito ligado em tudo que acontece ao seu redor. Ler muito, ficar ligado no que acontece na TV, no cinema e na internet. Pois material é o que não falta, só que você tem que saber transformar essa avalanche de informações em comédia, e de uma forma que o público se identifique e sempre sabendo filtrar o que possa vir a ser agressivo, pois nem tudo é motivo de piada.

Qual a sua opinião sobre os novos humoristas que estão surgindo?
André:acho muito bacana essa levantada do humor nacional. Tem muita gente talentosa aparecendo. Posso falar até de alguns amigos que trabalharam comigo e que estão em destaque hoje, como: Fábio Porchat e Marcos Veras.
Eu só acho que tem muita gente que está entrando na comédia sem ter nenhuma base. Você ser engraçado em uma roda de amigos no bar, não quer dizer que você é um comediante e que já está preparado para fazer seu show de humor. Infelizmente é isso que está acontecendo. Muita gente está fazendo stand up sem ter condições para isso. E o que acontece? Esses "comediantes de roda de bar" acabam agredindo o público e sujando a imagem do gênero, que, diga-se de passagem, é um dos mais difíceis.

Você se inspirou em algum comediante para começar a carreira? Qual é seu ídolo na comédia e por quê?
André:a minha maior inspiração veio com certeza do meu conterrâneo e mestre do humor nacional Chico Anysio.
Ele é a maior referência que tive pra fazer humor. O Chico se tornou meu ídolo pela versatilidade em criar personagens totalmente diferentes um do outro. Pelo cuidado de criar uma personalidade única para cada um. Uma voz, um trejeito, uma alma. É por isso que ele é e sempre será o mestre do humor nacional.
  
Como você cria seus shows e como você se prepara para eles?
André:a criação de um show de humor requer um pouco de tempo e muito trabalho. É um desafio você escrever um texto que venha a fazer uma platéia de 300, 400 ou 500 pessoas rirem durante quase 2 horas de espetáculo. Procuro sempre ter muito cuidado e tentar sentir o que é cômico para mim, e o que é cômico para o público, pois nem sempre o que eu acho engraçado o público irá achar também.
A preparação é bem simples. Não costumo ter nenhum "ritual" especial antes de me apresentar. Apenas gosto de ficar sozinho, sem barulho para poder me concentrar antes de subir ao palco.


E qual sua opinião sobre a comédia na TV brasileira?
André: acho que os programas de comédia da TV brasileira têm uma qualidade muito boa, porém acho tudo muito parecido. Os formatos são praticamente os mesmos. É claro que tirando um ou outro programa.
Sinto falta de mais ousadia por parte dos idealizadores em fazer algo realmente diferente e que venha a impactar e marcar a comédia televisiva nacional.

Qual a sensação de seu espetáculo "Franquia de Comédia" ser eleito pelo circuito carioca de humor, como o melhor show solo de humor de 2010 do rio de janeiro?
André:é simplesmente fantááááááááááááástica! Sensação de dever cumprido! É quase um orgasmo cômico,se é que isso existe?! Bem, dependendo do parceiro ou parceira existe sim! (rsrsrsrsrs!).
Eu só tenho a agradecer a crítica, a classe humorística e principalmente ao público. Pois foram eles que tornaram esse prêmio possível. Espero poder continuar alegrando essa cidade e esse povo que acolheu tão bem.
  
E quais seus novos projetos?
André:os projetos para 2011 são de muitas viagens com os shows,a minha volta para TV e uma mudança no franquia, onde pretendo inserir mais um personagem,mas quem quiser saber que personagem é esse vai ter que assistir a temporada 2011 de "Franquia de Comédia", que deve dar início em janeiro no teatro Ipanema.

sábado, 6 de novembro de 2010

Entrevista com Vera Fajardo


Ao Lado de Um Homem De Sucesso Sempre Existe Uma Grande Mulher
Apesar de muitas mulheres suspirarem pelo ator José Mayer, há muito tempo apenas Vera Fajardo é dona de seu coração. A atriz Vera Fajardo nasceu em Belo Horizonte, MG e já atuou em 40 peças de Teatro como A Tartaruga de Darwin, 3 Maneiras de se Dançar um Tango, Obscena Senhora D, Pervesidade Sexual em Chicago, George Dandin, Baal, Há Vagas para Moças de Fino Trato e Relicário de Rita Cristal. No cinema, atuou em Idolatrada e A Mulher do Desejo. Na TV sua participação foi na novela Bicho do Mato, da TV Record, em 2007.
Kalísley - Como conheceu José Mayer?
Vera Fajardo - Em uma peça de Molière chamada Gerges Dandin em 1970
K- Realmente não sente ciúmes de José Mayer?
VF - Não, mesmo. Sei que rola essa curiosidade das pessoas pelo fato dele representar personagens sedutores, que mexem com a libido das mulheres. E ciúme é um sentimento chato prá...
K - Qual o segredo de um casamento feliz e duradouro?
VF - Não existe receita, um casamento longo é feito de alegrias, mas também de algumas renuncias, a escolha está em nossas mãos.
K - Você gostaria de fazer mais participações na televisão?
VF - Quando me mudei para o Rio foi pensando em fazer, sobretudo televisão, não aconteceu pra mim como para o Mayer. Fiquei deprê algum tempo, mas a maturidade está em compreender que cada um tem seu caminho e hoje tenho muito orgulho dessa carreira independente que trilhei com atriz e produtora da maioria de meus espetáculos.
K - Você atua em muitas peças de teatro. É fácil fazer teatro hoje em dia?
VF - Cada vez mais difícil, pois como disse de forma brilhante Camila Amado " antigamente as pessoas faziam teatro para ganhar dinheiro, hoje elas tem que ganhar dinheiro  para fazer teatro". E os patrocinadores, cada vez mais preferem atores que já tenham uma mídia espontânea.
K - Qual trabalho foi mais importante em sua carreira?
VF - Penso que a decisão de fazer parte do grupo Casa da Gávea, em 92. A partir dali pude pensar muito mais como artista que só como atriz. Ali é meu espaço de experimentação, na companhia de amigos queridíssimos.
K - Qual personagem que mais se identificou em fazer?
VF - A Marly, do espetáculo "O Homem Que Viu O Disco Voador" de Flávio Márcio com direção de Aderbal Freire Filho.
K - Como foi a experiência de sua primeira direção em A Prova de Fogo? Pretende continuar dirigindo?
VF - Foi um trabalho de extrema alegria prá mim. Só ali descobri que já sabia algumas coisas a respeito do meu ofício. Já tinha dirigido muitas leituras, mas nada se compara com o mergulho na dramaturgia. Em “A Prova De Fogo” de Consuelo de Castro, encontrei material de grande voltagem emocional, diálogos vivos, o que facilitou, pois um bom texto é o melhor ponto de partida.  Quero sim continuar dirigindo, aliás, acabei de dirigir um trabalho do qual me orgulho muito também. O desfile da Blue Man para o Fashion Rio, coleção 2011.
K - O que ainda pretende alcançar em sua carreira?
VF - O que todo artista quer é ter trabalho sempre. Só na seqüência dos trabalhos é que afinamos nosso instrumento.
K - Quais seus novos projetos?
VF - Achar uma peça bastante boa para fazer com meus amorecos de "A Prova de Fogo".

Vera Fajardo e José Mayer são casados desde 1975 e têm uma filha chamada Júlia, que é atriz de teatro.

domingo, 31 de outubro de 2010

Kalísley entrevistou José Mayer, ator mineiro galã das novelas da Globo.
Na televisão atuou em diversas novelas e minisséries, como Viver a Vida, A Favorita, Páginas da Vida, Mulheres Apaixonadas, Esperança, Presença de Anita e Laços de Família. No cinema com participações em filmes como Divã, Royal Flush, Bufo & Spallanzani e Ação Entre Amigos. No total são 20 novelas, 4 minisséries e 16 filmes.

Kalísley - Com que idade começou sua carreira de ator? E por que optou por essa profissão?
José Mayer - Minha estréia no teatro foi na peça "SE CORRER O BICHO PEGA SE FICAR O BICHO COME", de Oduvaldo Viana Filho, em outubro de 1968, em Belo Horizonte.  Entre o magistério e o teatro acabei escolhendo o segundo porque ele atiçava a minha paixão.
K- Em que ano chegou ao Rio de Janeiro? E como se estabeleceu aqui?
JM - Cheguei ao Rio em 1979 e tive um 1980 horroroso. A partir de 1981 comecei a ter as primeiras boas oportunidades no teatro, mas na televisão só consegui chegar pra valer em 1983, com "BANDIDOS DA FALANGE", de Aguinaldo Silba
 K- Sente falta do magistério?
JM- Não. Alunos são piores que qualquer platéia.
K -Qual é a sensação de já ter ganhado diversos prêmios de melhor ator como o Prêmio Contigo de melhor ator por Senhora do Destino e o  Troféu Imprensa de melhor ator por Tieta?
JM - Não são tantos prêmios assim.

 K - Qual personagem de TV  mais marcou sua carreira?

JM – “O Comissário Mattos, personagem de AGOSTO”, foi um trabalho inesquecível.

K - Na vida real é tão galã como nas novelas?
JM - Fiz personagens galãs e levei a fama de pegador.  É pura ficção.

K - Tem vontade de fazer um papel totalmente diferente de você?
JM - Qualquer ator adora o desafio de fazer trabalhos diferentes. Mas a televisão tem a tendência de nos reutilizar na mesma função. É muito chato.

K- Quais seus próximos projetos de trabalhos na televisão e no teatro?
JM - Estou de férias pra valer, muito ócio e viagens, plano nenhum.
K - Quais os objetivos que ainda pretende alcançar em sua carreira?

JM - Objetivo na carreira?  Deixa isso pra lá. Gosto mesmo é de me deixar surpreender.

Ao longo de sua carreira, ele interpretou homens muito sedutores, que namoraram beldades como Helena Ranaldi, Vera Fischer, Danielle Winits, Juliana Paes e Taís Araújo.

Prêmios:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Teatro

Jarbas Albuquerque reestréia em “Alguém me viu por aí?”

Jarbas Albuquerque, ator pernambucano, morador da Zona Sul fala de seu trabalho no teatro. O projeto “Alguém me viu por aí?” surgiu em agosto de 2008 e desde então vinha sendo desenvolvido em caráter de pesquisa. O espetáculo se formulou a partir de reflexões do “performer” Jarbas Albuquerque junto aos diretores-colaboradores Renato Livera, Tania Alice e Vinicius Arneiro. Ao longo de etapas subseqüentes, cada diretor dialogou com Jarbas Albuquerque tendo como base a concepção e o texto criados por este. Ao final desse processo colaborativo, o “performer” definiu, dentre as novas descobertas, quais seriam agregadas ao espetáculo.
Jarbas chegou ao Rio de Janeiro em 1999, e já estudou nas mais renomadas escolas de teatro do Rio como a CAL, Martins Pena, Tablado e Unirio, onde ingressará no mestrado semestre que vem com o projeto: “A Criação Performática a partir dos Viewpoints”. Foi diretor assistente do espetáculo Karma, de Bethito Tavares e direção de Caio Blat que esteve em cartaz no Rio de Janeiro e Recife. Como ator esteve em espetáculos como: “Minha Vida de Solteiro”, “Marcelo e Clara- Juridicamente Imperfeitos”, “Gran Circo Del Diablo”, “O Mágico de Oz – The Dark Side”, “A ver Estrelas”.


Sinopse
Uma parcela de vida.
Através de uma espécie de “diário”, o ator narra de forma não causal
questões de sua vida. Falando em primeira pessoa e sem usar personagem.
Uma semana se passa. Um homem contemporâneo. Uma forma artística
de expressar sua relação com o mundo: Universal vs. Pessoal, Público vs.
Privado. O espetáculo buscou uma universalidade do discurso a partir do
indivíduo, relação muito explorada na arte contemporânea em geral, seja
no teatro, dança, performance ou artes plásticas. “Alguém me viu por aí?”
tem a proposição fechada de uma obra teatral bem como o lugar de ‘nãoobjeto’
proporcionado pela performance.

Local: Teatro Gláucio Gil - Praça Cardeal Arcoverde s/nº
Horário: de 02 a 31 de Outubro - Sábados às 19h e Domingos às 21h

Entrevista com Paulo Betti

Kalísley entrevistou Paulo Betti, onde fala de seu novo trabalho no teatro, Deus da carnificina”, que estreou no último dia 2 de setembro está no Teatro Maison de France, com Júlia Lemmertz, Déborah Evelyn e Orã Figueiredo. Na televisão já atuou em diversas novelas e minisséries da Rede Globo, como O Clone, Desejos de mulher, Paraíso Tropical, Sete Pecados, e seu último trabalho foi em Tempos Modernos. Já atuou em 11 minisséries, 23 novelas e 31 filmes.
K - Com que idade começou sua carreira de ator?
PB- Acho que quando eu lia partes da Bíblia durante a missa e era coroinha já estava começando a ser ator. Mas o começo foi com o teatro amador tinha uns 16 anos.
K - E por que optou por essa profissão?
PB - Foi sendo levado pelo gosto de aparecer no palco...
K - Em que ano chegou ao Rio de Janeiro? E como se estabeleceu aqui?
PB- Cheguei no Rio em 84, vim para dirigir uma peça e também para trabalhar numa novela da Globo. Fui morar no bairro da Gloria, dividia o apartamento com dois amigos. 
K - Qual a diferença de atuação no teatro e na televisão? E qual você mais gosta de fazer?
PB -  Teatro, televisão e cinema, e também tem rádio, no Brasil fazemos pouco. O teatro é o essencial, um lugar onde aprimoramos nossa compreensão da nossa arte. Televisão é quantidade, repetição, também é bom, cinema é uma ilusão de ser eterno.
K - Você atua em muitas peças de teatro. É fácil fazer teatro hoje em dia?
PB - Não é fácil fazer teatro, só consigo, pois estou com contrato na televisão. Mas é absolutamente necessário fazer teatro...
K - Sei que você também e diretor e produtor, gostaria de saber quais trabalhos mais importantes que dirigiu e produziu?
PB - A Tartaruga de Darwin, Assim é se lhe parece, O Amigo da Onça, Feliz Ano Velho, Na Carrera do Divino e o filme Cafundó.
K - Você perdeu trabalhos por ter apoiado a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores?  E se arrepende por isso?
PB - Sim, perdi muitos trabalhos, fiquei marcado como um ator do PT, mas não me arrependo não, acho que Lula é muito importante para nosso País, significa uma quebra numa seqüência de 500 anos de governantes vindos ou servindo a elite.
 K - Quais os objetivos que ainda pretende alcançar em sua carreira?
PB - Pretendo dirigir e produzir filmes e fazer muitas peças, e continuar com o trabalho da Casa da Gávea.
K - Você gosta de fazer comédia?
PB - adoro fazer comédia, é uma delicia ouvir a risada do publico. 
K - E como se sente atuando em uma peça que recebeu o premio “Tony Awards” (o mais importante do teatro americano, como o Oscar teatral) de “Melhor Peça”?
PB - Me sinto muito feliz com essa peça, agradecido pelo convite do Emilio para fazer e muito honrado de trabalhar num elenco e peça tão bons.
K - Você se identifica em algo do personagem que interpreta na peça?
PB - Às vezes fico muito tempo no celular, me identifico também em alguns pensamentos na ironia e na agressividade, sou muito agressivo...
K - A peça mostra a intolerância. Acredita que no mundo atual as pessoas estão muito intolerantes aos pequenos problemas?
PB - o ser humano nunca foi totalmente civilizado, basta a chapa esquentar que viramos bicho...

Deus da carnificina
de Yasmina Reza

com
Júlia Lemmertz
Deborah Evelyn
Paulo Betti e Orã Figuereido

Direção : Emilio de Mello.
SINOPSE
Dois casais adultos e civilizados se encontram para resolver um incidente protagonizado por seus filhos pequenos: um deles quebrou 2 dentes do outro em uma briga na praça. Nada que os pais não possam resolver.
Mas, às vezes ...
O que será que pode acontecer nesse encontro?
O DEUS DA CARNIFICINA recebeu o Prêmio Tony 2009 nas categorias de melhor obra teatral, melhor direção e melhor atriz, tendo no elenco Jeff Daniels, James Gandolfini, Hope Davis e Marcia Gay Harden.

Com temporada até 12 de Dezembro.
Teatro Maison de France
Avenida Presidente Antônio Carlos, 58. Rio de Janeiro 
Informações: (21) 2544 2533


Entrevista com Camilo Bevilacqua

Camilo Bevilacqua estréia 'Recordar é Viver', no Rio

Camilo Bevilacqua, ator gaúcho, morador da zona sul, fala de seu novo trabalho no teatro, “Recordar é Viver”, que está em cartaz no Teatro do CCBB com Sérgio Brito e Suely Franco. Na televisão já atuou em diversas novelas e minisséries da Rede Globo, como A Casa das Sete Mulheres, Belíssima, JK, Páginas da Vida, e Cobras & Lagartos, e seu último trabalho foi em Chamas da Vida na Rede Record. Já atuou em 26 filmes e em mais de 45 peças teatrais.
Seu interesse iniciou-se quando era coroinha em Gaurama-RS, sua cidade natal, depois entrou no seminário aos 11 anos para ser padre onde permaneceu durante 4 anos. Lá foi solo do coral, e dublava slides sobre a vida de Jesus, onde surgiu a vontade de falar em público e ser comunicador. Aos 18 anos foi estudar em Porto Alegre, começou a fazer curso de teatro convidado por um primo e começou a fazer arquitetura. Sua primeira peça foi "Pique Nique no Front” em 68 onde era o protagonista.  Sofreu com a ditadura, quando juntou-se com amigos onde formaram um grupo de teatro e montaram a peça “Não saia da faixa de segurança”, e no dia da estréia entrou um batalhão da polícia militar no teatro lotado, com metralhadora e censuraram a peça. Para não ser perseguido entrou na Escola de Teatro de Porto Alegre.
Em 75 fez uma temporada de sucesso com o espetáculo “Mockinpot"  de Peter Weiss, onde foi escolhido para fazer o protagonista e  viajaram o Brasil todo, a peça era um sucesso, até que chegaram no Rio onde ficaram 15 dias, e depois voltaram para o Teatro João Caetano, e depois novamente ficaram durante 5 meses. Quando o grupo foi embora decidiu ficar, pois já tinha recebido convites para outros trabalhos no teatro e inclusive para a televisão.
Durante sua carreira de 42 anos de teatro recebeu diversos prêmios, como Best Supporting Actorn e Prêmio Ibeu de Teatro.
Comentou que prefere fazer teatro, onde necessita de uma pesquisa aprofundada antes de um trabalho, diferentemente da televisão onde é mais decorar um texto. Porem comenta a difilcudade do ator de viver apenas de teatro, e da necessidade de fazer outros trabalhos.
Já dirigiu “A Missão” do Grupo Fodidos Privilegiados e “La” com David Pinheiro.
Camilo estará na nova minissérie da Record “Sansão e Dalila” com direção de João Camargo e Regis Faria, onde novamente interepretará um papel de vilão.
Conhece Sergio Brito desde que chegou ao Rio. E “Recordar é Viver” é quarta peça que faz com Sérgio Brito, dentre outro trabalhos na televisão.
Acredita que é bom recordar, porém não se vive do passado, diz que para ele o certo seria “recordar e viver”. E comenta também da identificação de todos com a peça, pois trata de assuntos do cotidiano e de problemas enfrentados pela maioria das famílias, provocando assim uma catarse no público.



A peça Recordar é Viver marca a estréia do jornalista e historiador Hélio Sussekind como dramaturgo. A trama traz à cena uma família encabeçada pelo casal Ana e Alberto, interpretados por Suely Franco e Sergio Britto.
O espetáculo conta a história do filho caçula do casal, o frustrado dramaturgo Henrique, personagem de José Roberto Jardim. O rapaz já tem mais de 30 anos, vive na casa dos pais e ainda é sustentado por eles.
A história prossegue a partir das diferentes reações, e manifestações, causadas nos outros personagens da peça: os dos irmãos mais velhos, João e Paula (Camilo Bevilacqua e Ana Jansen) e Bruna (Isabel Cavalcanti), namorada do rapaz.

Ficha Técnica:
Texto: Hélio Sussekind
Direção: Eduardo Tolentino de Araújo
Elenco: Suely Franco, Sergio Britto, José Roberto Jardim, Camilo Bevilacqua, Ana Jansen, Isabel Cavalcanti

Ficou até o dia 12 de setembro no CCBB, e agora retorna a temporada para o SESI, de 08 até 31 de outubro

Dias e Horários: De quinta a domingo às 19h30
Em Exibição: SESI
Endereço: Av.Graça Aranha - n°1, Centro
Tel.: (21) 2563-4168
Bilheteria: 2563-4163


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"BICHOS, O Musical"


“UMA PEÇA QUE PRETENDE LEVAR OS MAIS NOVOS A APRENDEREM A QUESTIONAR SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DOS ANIMAIS E OS MAIS VELHOS A REPENSAR SUAS ATITUDES”


 “O projeto “BICHOS” não é uma mera peça de teatro, o objetivo vai muito além disso”diz Fernando Dias, autor e diretor da do espetáculo. Querem conscientizar as pessoas, em especial o público infanto-juvenil acerca dos Diretos dos Animais, pois está em fase de aprendizagem e formação, e quer dar lhes a oportunidade de novas descobertas, estimulando o amor, respeito, compaixão, responsabilidade ética e engajamento.
 Por reunir atores que realmente acreditem na causa, afirma que assim irão fortemente transmitir informações e conhecimento verdadeiro. E o projeto não acaba no final do espetáculo, querem manter um relacionamento com aqueles que quiserem obter maiores informações sobre o assunto abordado. Pois acredita que existe muita carência nesse âmbito, por isso quer proporcionar essas informações adicionais que são tão pouco divulgadas da mídia massiva.
 Muitas crianças possuem compaixão pelos animais, mas dentro da sociedade em que vivemos, ficam sem ter a oportunidade de obter maiores informações e refletir sobre o assunto. Pretendem também realizar palestras e diversos eventos para divulgação da causa animal.
Fernando Dias diz o estímulo para escrever a peça foi de sua namorada que sempre foi defensora dos animais.
O objetivo do projeto é incentivar a compreensão da necessidade do respeito e compaixão pelos animais e meio ambiente. Visa desenvolver cidadãos mais responsáveis, que reflitam e estejam conscientes de que cada atitude e ação geram um impacto sobre os outros e o planeta. Acredita que o espetáculo tornará as pessoas mais sensíveis as sensações e sentimentos de outros seres. 
Fernando Dias já recebeu o prêmio arlequim de melhor ator, autor e diretor do último Festival de Teatro do Rio. E hoje é o diretor do Grupo Guapos de Teatro.
Quem quiser saber mais informações pode entrar em contato com: musicalbichos@hotmail.com


domingo, 3 de outubro de 2010

Música

NEWTON NAZARETH, pianista e tecladista morador de Botafogo, realiza recitais de piano intitulado “Um Século de Música Brasileira”. Sobrinho-neto de Ernesto Narareth e com a mãe musicista, começou a se interessar pela musica a partir dos 15 anos, através da banda britânica Genesis, passou a ouvir o rock progressivo. Porém se formou em arquitetura, e só após isso decidiu que tinha que ser musico. Tocava em bandas de rock, como com o grupo “Uns e Outros”. Parou com a arquitetura e se profissionalizou em musica, tocando assim em bailes e festas, onde fazia também arranjos eletrônicos. Há quatro anos começou a estudar mais piano, e se dedicou a parte artística. Acredita que a musica é uma arte independente do cantor, e divulga a musica instrumental. Hoje faz parte do Projeto Musica no Museu, onde realiza recitais. Seu show é a união do clássico e o popular. Começa do clássico, como Carlos Gomes a Villa Lobos, até bossa nova e choro, terminando com o popular. Influenciado pelo rock, suas apresentações são marcadas pela projeção de imagens da época em telão, que contam a histórias das musicas que esta tocando. Após a pesquisa que realizou para montar o repertório deste recital, despertou seu interesse em fazer pós-graduação em Musicologia e ser escritor no futuro. Hoje é colunista do site Vista-se, e vê essa oportunidade como forma se exercitar com as palavras.