terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Entrevista com Ricardo Pavão



Kalísley entrevistou o ator, cantor, músico, diretor de televisão, diretor de teatro e diretor musical, Ricardo Pavão. Na TV já atuou em diversas novelas e minisséries da Rede Globo como Passione, O Profeta, Bang Bang, Cobras & Lagartos, Belíssima, A Casa das Sete Mulheres e atualmente faz uma participação em Malhação e na Rede Record, como Bela, a Feia e Chamas da Vida. No cinema seu último trabalho foi em Tropa de Elite 2.

Kalísley: Como iniciou sua carreira de ator?
Ricardo Pavão: Por acaso, tocava em uma peça e um dia um ator faltou e de tanto ver eu sabia o papel, entrei e o substituí.

KR: Qual a diferença de atuação no teatro e na televisão? E qual você mais gosta de fazer?
RP: No teatro a história é contada inteira durante o decorrer do espetáculo e, portanto você como ator vivencia em uma hora e pouco, toda a gama de emoções, sentimentos e inteligências do personagem, não sendo tão fragmentado como na TV, outra diferença é que no Teatro, o corpo do ator é muito mais solicitado a expressar, já que não tem “close” pra você resolver no olhar, Ih! As diferenças são muitas
Gosto de fazer os dois igualmente.

KR: Como começou sua parceria musical com Chico Buarque?
RP: Como quase tudo na minha vida, por acaso.
Eu fazia parte de um grupo de Teatro Infantil, e éramos bem conhecidos no meio Infantil e de alguma maneira nos especializamos em fazer adaptações de livros infantis. Pois bem o Chico Buarque lançou um excelente livro para crianças chamado “Chapeuzinho Amarelo” o Zeca Ligiero que hoje dá aula na Unirio, participava desse grupo e fez uma adaptação para Teatro do livro. Eu e Chico lá fizemos as músicas a partir do texto do livro e o interessante é que não mudamos nem acrescentamos uma palavra ao que estava escrito, foi um exercício de composição bem interessante.
A peça ganhou todos os prêmios infantis do ano e até virou um disco, um disco de vinil que na época não existia CD.
O Chico Buarque viu, ouviu e disse que gostou.

KR: Como diretor e produtor, gostaria de saber quais trabalhos mais importantes que dirigiu e produziu?
RP: Nossa!  Isso é muito complicado de responder, porque vou esquecer-me de algo com certeza, Talvez como diretor toda a série de espetáculos que fiz fora do Brasil na Itália e em Portugal sobre cultura Brasileira, como ator o espetáculo de maior sucesso talvez seja o “Cabaret Valentim” a primeira montagem, mas o que mais gostei de fazer em Teatro fechado foi o grande fracasso “Morrer pela Pátria” um estudo sobre o Fascismo no Brasil e encenada no Teatro Vila Lobos.

KR: E qual o papel mais significativo que já realizou como ator?
RP: Acho que o que mais gostei de fazer foi o delegado de “Chamas da Vida”, me diverti muito fazendo.


KR: Como surgiu a idéia do produzir o CD “Colado na Alma”? As músicas são de sua autoria?
RP: Repetindo-me, foi também por acaso, comecei a gravar umas músicas sem a menor pretensão e algum tempo depois (anos depois) tinha um CD nas mãos, só restou editar e prensar.

KR: Como começou a banda “osKaraveYo”?
RP: Na verdade não foi por acaso, mas foi muito naturalmente... Nós tocávamos juntos principalmente eu e o Bida Nascimento e o Sergio Meireles, há muitas décadas, mas sempre em trabalhos dos outros ou em encomendas, peças, etc.., Nos fizemos juntos um grande Bandão a “SouRio” que fazia uma mistura de Bossa Nova, Soul, Samba Duro e Rock, algo que hoje está muito na moda, esse balanço Seu Jorge, Simoninha e por aí vai. Mas a Banda tinha 13 pessoas só de percussionistas tinha fixo 06, e às vezes nos apresentávamos com 30 elementos.
“Era difícil paca vender um Show, a banda acabou e nós três resolvemos fazer um trabalho mais acústico, mais cantado, mais “Crosby, Still and Nash” e assim pintou OsCaraVelho” e depois por questões de patente de nome artístico tivemos que mudar par “osKaraveYo” com esse KY safado assim mesmo.
E claro a razão do nome é que somos todos acima de 50 anos, somos uns velhinhos bem sapecas, nosso show a gente define como “Rock de Mesa” ou “Roda de Blues”, onde o que vale é a festa já a música nem tanto...

KR: Você tem feito muitos shows?
RP: Toda semana graças a Deus. Principalmente na praia da Macumba ao ar livre ali no quiosque do RUBINHO, próximo a rua 5W quase no fim das praias do Rio, um ponto lindo e cheio de boas vibrações, coisa antiga esse negócio de vibração, né...

KR: Quais os objetivos que ainda pretende alcançar em sua carreira?
RP: Como acho que já deu pra perceber, não faço muitos planos na carreira não, prefiro seguir os acontecimentos sem muitas expectativas, mas gostaria de trabalhar na abertura da Olimpíada, pois tenho muitos trabalhos desenvolvidos fazendo grandes espetáculos na linguagem Etnocenológica. Um teatro do movimento e não da palavra que às vezes é muito restritiva.

KR: E quais seus novos projetos?
RP: Comprar uma casa de frente para o mar... E ficar vendo as ondas e o vento.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Entrevista com Alexandre Carlomagno

O ator Alexandre Carlomagno comenta sua carreira

Começou no teatro no interior do Paraná em 1997. Já no Rio estudou no TABLADO e se formou em Jornalismo na Universidade Gama Filho. Na TV, participou da novela O Clone e de alguns episódios de Linha Direta, Zorra Total, Caras e Bocas e Turma do Didi da Rede Globo, além de Floribella na Bandeirantes. Também participou do programa A Casa dos Artistas - Protagonistas de Novela, do SBT. Comenta que A Casa dos Artistas, foi um divisor de águas em sua carreira. Era um programa direcionado para atores, pois tinham aulas de interpretação, canto, dança e circo, também aulas com o Paulo Autran, Nilton Travesso entre outros. Foi um reality, com uma proposta diferente dos que estamos acostumados a assistir. Tinha um propósito de carreira, onde Alexandre foi finalista e recebeu como prêmio uma participação na novela Esmeralda. “Foi inesquecível. Já havia participado de vários espetáculos de teatro e feito algumas participações em novelas, mas após o programa, foi que consegui ter meu primeiro contrato na televisão e papeis mais consistentes” diz Alexandre. Ainda no SBT atuou na novela Cristal onde foi recordista de cartas da emissora e no programa humorístico Sem Controle.
Acredita que teatro e televisão são linguagens completamente diferentes. “No teatro você tem o calor humano, a resposta imediata. Na tv o ambiente é mais frio. É uma industria, com muitas coisas envolvidas. Minha paixão e preferência é pelo teatro. Acho que o lugar do ator é no palco. Isso não significa que não gosto de televisão, ao contrário. Como disse, é outra linguagem, e também sou apaixonado. Tem seus encantos. Acho fantástico e mágico” revela Carlomagno.
No Teatro, Alexandre já atuou em mais de 10 espetáculos, e fica emocionado ao lembrar-se de quando ganhou o premio de ator revelação do festival do Paraná em 1999, com o espetáculo '' A Casa do Terror'' do João Luiz Fiani, um dramaturgo de Curitiba.
“Ser pai é um amor simplesmente incondicional. Só quem realmente passa por essa experiência, entende isso em sua maior amplitude. Estou vivendo cada momento disso, indescritível” revela Alexandre sobre seu primeiro filho de um ano de idade.
Seu novo projeto para o teatro é o espetáculo ''Memorias de Embornal'' que terá a direção do Jackson Antunes. Foi uma peça que o Jackson fez há muitos anos. “Um monólogo fantástico e emocionante. Ele me convidou para fazer esse texto e aceitei imediatamente” diz Alexandre que com esse espetáculo pretende viajar pelo Brasil.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Entrevista com Taty Gomes

Taty Gomes, da ex dupla funk “A Princesa e o Plebeu” comenta sua carreira solo

Comemorando cinco anos de carreira, Taty Gomes tem o perfil um pouco diferente das funkeiras que estamos acostumados ver por aí. Ela é nascida e criada na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro e é formada em psicologia e pós graduada pela Faculdade Federal do Rio de Janeiro em terapia de família. Porém decidiu largar sua profissão e seguir sua vocação. Contou para o Jornal Zona Sul que tudo começou com uma brincadeira quando estava assistindo um show de funk em uma boate da Zona Sul, quando comentou que iria começar a cantar funk em tom de brincadeira, porém tinham produtores do meio funk no local e quando ouviram o que falou, gostaram da idéia. No dia seguinte marcaram uma reunião, foram para estúdio, testar sua voz, buscar repertório e aí a brincadeira virou coisa séria.
Após ter desfeito a dupla “A Princesa e o Plebeu”, Taty segue carreira solo, e já gravou uma musica com o amigo Daddy Kall que inclusive está produzindo outra música nova da cantora, que é de autoria dele também, o nome é "Ele treme comigo". Taty já fez duas turnês pelos EUA, mas comenta que a última foi mais especial por já estar com a carreira solo e ter conhecido Las Vegas. Em 2010 fez uma maratona de mais de mil apresentações, e diz que vem muito mais para 2011.
Ela também é mãe de família, e tem dois filhos. Contou que o filho de 11 anos sofreu um pouco no começo porque estava acostumado com a mãe psicóloga, mas que hoje já entende e sente orgulho, faz questão que ela cante nos seus aniversários. Ela que também já foi capa da Revista Playboy diz: “conversei bastante com ele, preparei a cabeça dele, para entender que era um trabalho bacana e que era para benefício da nossa família. Ele entendeu. Tenho sorte, meus filhos são especiais e a menorzinha de 5 anos é toda orgulhosa da mãe.”
 Como psicóloga trabalhou por três anos atendendo em consultório particular além do estágio dentro do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. “Eu amava o que fazia. E acho que fazia bem viu (rsrs)? Mas depois que subi no palco pela primeira vez, o meu lado narcisista falou mais alto que o de psicóloga e aí acabei optando pela música. Às vezes sinto falta sim”, confessa Taty Gomes, que acha fascinante trabalhar com pacientes psiquiátricos e aprendeu muito com eles, mas o carinho que recebe dos fãs, a energia que sente no palco é tão mágica que tem certeza que fez a opção certa e é muito feliz hoje fazendo o que faz.
Até o meio do ano promete estar com o CD solo pronto, pretendendo viajar ainda mais o Brasil, e depois gravar seu DVD ao vivo.